"Vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque vou para cima, eu denuncio. Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo para uma serraria me dá uma dor. É como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida para mim que vivo na floresta e para vocês também que vivem nos centros urbanos."

Zé Claudio, assassinado em maio de 2011.



sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ser vegetariano definitivamente não é um bicho de 7 cabeças!

No dia 15, deste mês, inauguramos por aqui, as colunas externas. Nada mais, nada menos que a participação de pessoas diferentes, blogueiras ou não, com ou sem alguma especialidade específica, mas que enfim, através de seus textos trarão assuntos já discutidos ou ainda não mencionados, vistos por outra óptica que não a minha. A idéia inicial seria uma participação por mês, mas como muita gente aceitou escrever também por aqui serão dois textos por mês...

E hoje é a vez da Luka Pires, que vai falar sobre a sua alimentação vegetariana. Um tema que ainda faltava no blog e que muito me interessa. Quem sabe o relato dela não inspire mais pessoas a descobrir as delicias da culinária vegetariana.



Quero compartilhar com vocês minha estória de como me tornei vegetariana  há 5 anos atrás e mostrar que muitas das coisas que você ouve sobre vegetarianismo podem ser um mito. Minha mãe conta que quando eu era bem criancinha, com 4 anos, ela me levou ao açougue. Era um dia comum, e ela precisava reabastecer o congelador. Chegando no açougue, me deparei com a cena muito comum na epóca de venderem cabeças de porco cortadas ao meio e expostas assim. Minha mãe conta que comecei a chorar sem mais nem menos e todos que estavam no açougue acharam estranho. Quando ela me perguntou o porquê do choro, apontei pra cabeça do pobre porco e disse : " - Mamãe, mataram o cachorro!"

Pode parecer engraçado, se não fosse trágico. na minha inocência de criança eu via aquilo como um assassinato. Crianças são puras. Mas eu cresci num lar não vegetariano e toda aquela inocência se foi. Porém sempre adorei animais, principalmente gatos e passáros. Resgatava gatos, levava pra casa, cuidava. E assim o tempo passou.

Numa viagem de férias em família, começamos a fazer um churrasco e só tinha carnes aquele dia, nada de acompanhamentos. Comi tanta carne aquele dia, que após um tempo comecei me sentir mal. Não mal fisicamente. Comecei a pensar naqueles animais que eu havia ingerido e me perguntava: "Eu gosto tanto de bicho, porque devo comer carne? Será que se eu parar de comer carne vou ficar fraca ou adoecer?Será que é saudável ser vegetariano? Milhares de perguntas povoavam minha mente. Até que meu enteado na epóca com 5 anos me perguntou porque eu estava tão calada. Comentei com ele, de uma maneira que ele fosse entender, que pensava em virar vegetariana. E ele de novo naquela inocência infantil me disse " - Porque você então não para de comer carne? Se for pra você ficar triste assim, então para!"

Fiquei pensando nas palavras sábias dele. E comecei a ler e a pesquisar sobre vegetarianismo compulsivamente. Eu tinha que ter certeza onde eu estava pisando. Um cunhado meu trabalhou num abatedouro de porcos, e perguntei pra ele sobre como era feito e ele me disse barbaridades em tom de deboche. Como que se aqueles animais nasceram mesmo pra aquele fim, que eram isentos de sentimentos, e que a morte por muitas vezes era lenta e dolorida e cruel. Continuei minhas leituras sobre os abatedouros. A grande maioria da população não tem a menor noção do que se passa nesses locais, da dor que existe ali, da indiferença com a vida , com a falta de respeito com aquelas criaturas. Você ja parou pra pensar que eles sofrem? Que eles sentem dor? E pior: que ali naquela fila do abate, eles sentem os cheiros vindos de lá de dentro, do sangue, dos gritos e lamentos, que sentem que algo terrível esta pra acontecer e que não querem morrer??? Muitos tentam dar meia volta. Mas é tarde demais.

Não vou me delongar no sofrimento dos abatedouros. Procurem pesquisar sobre eles e se espantarão mais o quanto lerem. Deixo a frase celebre do Paul Mcartney, ex beatle:

"Se os matadouros tivessem paredes de vidros, todos seriam vegetarianos"

Em 2010 completei 5 anos sem comer nenhum tipo de carne. Meus últimos exames recentes de B12, Ferro e outros deram taxas acima do esperado. Minha alimentação é baseada nas coisas que você encontra nas feiras livres : verduras, legumes, frutas. A combinação de arroz com feijão sempre é a melhor. Eventualmente consumo soja, ou faço pratos diferentes. Não sinto nenhuma falta da carne,pelo contrário, tenho nojo e as vezes ânsia de vômito ao sentir o cheiro. Sou a única vegetariana da família e no inicio foi muito comum ouvir piadinhas a respeito ou até aqueles que tentavam me amedrontar, além daqueles que claro, julgavam que fosse uma moda passageira.

Meu incentivo pra quem pensa em se tornar vegetariano é : Leia! Leia muito a respeito. Se informe. Existem milhares de sites, de comunidades, de receitas e etc que ajudam a elucidar milhares de dúvidas que a grande maioria das pessoas tem. Posso dizer que nesses 5 anos, doenças que até então era recorrentes como gripes, resfriados e até viroses, quase não tenho mais. A minha saúde melhorou muito e minha disposição também. Não sinto sono além do normal, muito menos canseiras. Me sinto limpa. Outra coisa que as mulheres reclamam muito é do intestino preguiçoso. Saiba que sendo vegetariana, meu intestino funciona como um relojinho todos os dias. Só vejo benefícios em ser vegetariana. Não consigo citar algo ruim sobre ser vegetariana. Mas a melhor de todas as coisas pra mim, é saber que poupei através da minha alimentação, a vida de muitos animais e que a minha consciência está tranquila. Recobrei no alto dos meu 30 anos, aquela inocência perdida da infância e passei a voltar a enxergar os animais como seres que sofrem, que sentem dor, medo e que acima de tudo amam!


Obrigada especial: A queridissíma Mariana pela oportunidade de escrever no blog algumas palavras sobre minha experiência. A minha amada mãe, que me apoiou nesse trajeto e hoje também esta deixando de consumir carnes. E a minha gata Milly, que me ensinou muitas coisas através apenas do amor que tem por mim.
 

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Petróleo ao mar!

Em seu terceiro vazamento, após sua explosão quando ficou submersa, a plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México chega, dessa vez, a derramar cinco mil barris de petróleo por dia.

Dadas as condições meteorológicas a previsão é de que esse petróleo chegue a costa da Louisiana até amanhã, onde atingirá o Rio Mississipi e os pântanos do estado.

O presidente Obama ordenou que todos os recursos disponíveis sejam utilizados para minimizar os impactos gerados nessa tragédia ambiental . Além disso o governo americano solicitou a  cerca de 12 presidentes de empresas de petróleo e gás natural, que participem de uma reunião ainda hoje, para auxiliar a resolver o mega problema.

Explosões estão acontecendo para evitar maiores desastres, mas enquanto isso uma mancha negra percorre o oceano espalhando destruição.

Há que se agir rápido! Essa é a hora para ongs manifestarem suas idéias e apontarem soluções. E já que governos de todo o mundo fecham os olhos para ambientalistas e estudiosos sérios antes de construções perigosas e duvidosas como essas, espero que daqui para frente tenham a humildade e o bom-senso de reconhecer que erram e pedir ajuda!

Outro fato, fica bastante exposto em situações como essa, principalemnte para os pioneiros, seguidores e defensores  do progresso a qualquer custo, que devem também admitir que suas idéias de evolução nem sempre são cabíveis e oportunas e normalmente têm consequencias trágicas.

Tanto traballho e dinheiro direcionados para projetos que garantem fortunas...e de repente, o que seria a galinha dos ovos de ouro....se perde, aos montes, foge das mãos gananciosas do homem. O ditado escapar por entre os dedos é  a tradução perfeita dessa situação. E lá se vão milhões pelo ralo, onde também deixamos escorrer a nossa própria  merda.

E toda essa merda ( se me permitem esse linguajar) uma hora chega a nossa porta, junto com o progresso maldito que buscamos alcançar a qualquer custo.

A plataforma Deepwater Horizon pertence a Transocean e operava para a petroleira British Petroleum.




O Rio Mississipi é o segundo maior rio dos EUA e junto com o rio Missouri, um de seus afluentes, é responsável pela maior bacia hidrográfica da América do Norte, uma área de aproximadamente 6 270 km. Os pântanos da Louisiana não existem em nenhum outro lugar do Estados Unidos.



Mais dessa notícia:
Agência Informativa Latino Americana
Estadão.com.br

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Carta de um índio - versão 2010

Aqui fica meu apoio escrachado, integral e absoluto aos índios, as populações ribeirinhas, as ongs internacionais, aos americanos, aos ténicos do IBAMA que não compactuaram com falcatruas internas e todas as outras pessoas do Brasil e do planeta que também entendem que Belo Monte é um desrespeito a humanidade!


Nós, indígenas do Xingu, não queremos Belo Monte


Por Cacique Bet Kamati Kayapó, Cacique Raoni Kayapó Yakareti Juruna
20/04/2010


Nós, indígenas do Xingu, estamos aqui brigando pelo nosso povo, pelas nossas terras, mas lutamos também pelo futuro do mundo.

O presidente Lula disse na semana passada que ele se preocupa com os índios e com a Amazônia, e que não quer ONGs internacionais falando contra Belo Monte. Nós não somos ONGs internacionais.

Nós, 62 lideranças indígenas das aldeias Bacajá, Mrotidjam, Kararaô, Terra-Wanga, Boa Vista Km 17, Tukamã, Kapoto, Moikarako, Aykre, Kiketrum, Potikro, Tukaia, Mentutire, Omekrankum, Cakamkubem e Pokaimone, já sofremos muitas invasões e ameaças. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, nós índios já estávamos aqui e muitos morreram e perderam enormes territórios, perdemos muitos dos direitos que tínhamos, muitos perderam parte de suas culturas e outros povos sumiram completamente. Nosso açougue é o mato, nosso mercado é o rio. Não queremos mais que mexam nos rios do Xingu e nem ameacem mais nossas aldeias e nossas crianças, que vão crescer com nossa cultura.

Não aceitamos a hidrelétrica de Belo Monte porque entendemos que a usina só vai trazer mais destruição para nossa região. Não estamos pensando só no local onde querem construir a barragem, mas em toda a destruição que a barragem pode trazer no futuro: mais empresas, mais fazendas, mais invasões de terra, mais conflitos e mais barragem depois. Do jeito que o homem branco está fazendo, tudo será destruído muito rápido. Nós perguntamos: o que mais o governo quer? Pra que mais energia com tanta destruição?

Já fizemos muitas reuniões e grandes encontros contra Belo Monte, como em 1989 e 2008 em Altamira-PA, e em 2009 na Aldeia Piaraçu, nas quais muitas das lideranças daqui estiveram presentes. Já falamos pessoalmente para o presidente Lula que não queremos essa barragem, e ele nos prometeu que essa usina não seria enfiada goela abaixo. Já falamos também com a Eletronorte e Eletrobrás, com a Funai e com o Ibama. Já alertamos o governo que se essa barragem acontecer, vai ter guerra. O Governo não entendeu nosso recado e desafiou os povos indígenas de novo, falando que vai construir a barragem de qualquer jeito. Quando o presidente Lula fala isso, mostra que pouco está se importando com o que os povos indígenas falam, e que não conhece os nossos direitos. Um exemplo dessa falta de respeito é marcar o leilão de Belo Monte na semana dos povos indígenas.

Por isso nós, povos indígenas da região do Xingu, convidamos de novo o James Cameron e sua equipe, representantes do Movimento Xingu Vivo para Sempre (como o movimento de mulheres, ISA e CIMI, Amazon Watch e outras organizações). Queremos que nos ajudem a levar o nosso recado para o mundo inteiro e para os brasileiros, que ainda não conhecem e que não sabem o que está acontecendo no Xingu. Fizemos esse convite porque vemos que tem gente de muitos lugares do Brasil e estrangeiros que querem ajudar a proteger os povos indígenas e os territórios de nossos povos. Essas pessoas são muito bem-vindas entre nós.

Nós estamos aqui brigando pelo nosso povo, pelas nossas terras, pelas nossas florestas, pelos nossos rios, pelos nossos filhos e em honra aos nossos antepassados. Lutamos também pelo futuro do mundo, pois sabemos que essas florestas trazem benefícios não só para os índios, mas para o povo do Brasil e do mundo inteiro. Sabemos também que sem essas florestas, muitos povos irão sofrer muito mais, pois já estão sofrendo com o que já foi destruído até agora. Pois tudo está ligado, como o sangue que une uma família.

O mundo tem que saber o que está acontecendo aqui, perceber que destruindo as florestas e povos indígenas, estarão destruindo o mundo inteiro. Por isso não queremos Belo Monte. Belo Monte representa a destruição de nosso povo.

Para encerrar, dizemos que estamos prontos, fortes, duros para lutar, e lembramos de um pedaço de uma carta que um parente indígena americano falou para o presidente deles muito tempo atrás: " Só quando o homem branco destruir a floresta, matar todos os peixes, matar todos os animais e acabar com todos os rios, é que vão perceber que ninguém come dinheiro " .



Cacique Bet Kamati Kayapó, Cacique Raoni Kayapó Yakareti Juruna, representando 62 lideranças indígenas da Bacia do Xingu


E saibam que não estão sozinhos! Ainda há nesse mundo, pessoas de pele branca, que não compactuam com a forma de se viver escolhida pelo ser-humano. Há, por aqui, quem ainda respeita a vida, em todas suas formas e manifestações e o dinheiro não paga esse sentimento, todos esses princípios. Pra nós, a vida ainda valhe mais que uma conta bancária recheada com dinheiro, fruto de matança, desmatamento e intervenção.


segunda-feira, 19 de abril de 2010

CAMPANHA "ADOTE UM POLÍTICO"


ADOTE UM POLÍTICO!

Replico por aqui toda e qualquer campanha séria que tenha como objetivo a preservação ambiental e a proteção aos animais de toda ong ou entidade comprometida com essas causas. Mas agora chegou a minha vez: Criei a campanha "Adote um Político" para facilitar pesquisas que visam o conhecimento e a divulgação do que está sendo feito de positivo e ilícito por nossos representantes.

Esse é um desejo antigo. Sempre quis disponibilizar nesse blog uma cartilha ampla e detalhada listando um a um, cada parlamentar e o que eles vêm fazendo durante seus mandatos. Como são muitos, não conseguia finalizar esse trabalho. Recorri aos amigos, seguidos e seguidores do twitter e a minha grata surpresa veio em forma de apoio, contribuição, colaboração, interesse e voluntários de todo o Brasil querendo participar também.

Por isso a campanha veio párar aqui, aonde continuo recrutando ajuda. Toda e qualquer informação é valiosa e deve ser encaminhada. A idéia é que cada pessoa adote um estado e liste seus políticos e suas ações durante os mandatos. Mas sei que a falta de tempo e o acumulo de compromissos é geral  e a maioria das pessoas não desfruta de tempo para se dedicar assim. Portanto por mais que você escolha um estado, vou te indicar a quem também se voluntariou para pesquisar sobre ele, assim o trabalho pode ser dividido e consequentemente multiplicado para os demais.

Tenho uma lista comigo das pessoas que se responsabilizaram por cada estado. Vou fazer um levantamento de todos os polítcos em exercício, assim terei o controle de quantos são, quantos já foram mencionados e quantos ainda precisam ser pesquisados. E ressalto mais uma vez: toda informação é válida e bem-vinda, por mais que você não se compremeta com um estado específico ou um número X de representantes, mas tem informações sobre tal político, basta envia-la, quanto mais detalhes soubermos de cada político, melhor será a qualidade da lista e nossa argumentação.

 Já que não temos outras armas para lutar por honestidade e trabalho na política, vamos lutar com nossa única arma obrigatória: o voto. Essa lista vai servir como guia para eleitores de todo o Brasil. Para que possamos separar e ignorar as laranjas podres, os corruptos, os vagabundos a escória que ocupa aquelas cadeiras e ter acesso aos nomes dos que trabalham, possuem ideais e querem fazer mais. Vamos excluir os que nem a justiça vai penalizar, que estes caiam no anonimato e nunca mais voltem ao poder público e que lembremos dos homens sérios, dedicados e honestos na hora de teclar os números que definem nosso futuro da nação.

Assim que finalizada, peço encarecidamente que cada ser-humano que ainda se importa, que divulgue e replique essa lista em blogs, sites, no twitter e por e-mail. Para que no ano que vêm possamos lamentar menos, assumir nossas responsabilidades e cobrar atitudes sabendo de quem.

Nomes como Arruda, Collor e Maluf têm que sair do poder público para sempre, não devem ser eleitos simplesmente por que seus nomes são facilmente lembrados e acabam gerando votos.

Chega de podridão! Queremos ação e merecemos respeito!

Abracem essa causa junto comigo. Eu sozinha, tavez não chegue a lugar nenhum. Mas todos nós, ainda valemos alguma coisa quando estamos unidos!

A evolução só é plena quando é, também, coletiva!

Conto com vocês!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Licenciamentos - por Camila Barros

Há algumas semanas tive a idéia de convidar outras pessoas, blogueiros ou não, para debater por aqui, temas ligados aos assuntos tratados no nosso Evolução Sustentável. Portanto podem esperar que em todo o dia 15 de cada mês, teremos convidados especiais  e textos sobre assuntos que tanto nos interessam. Espero que tenham gostado da novidade. E para quem quiser dar seus pitacos também por aqui é só entrar em contato aqui ou pelo twitter @mar_iana_mt.

E para inaugurar essa sessão um texto de Camila Barros que aborda o tema licenciamentos do ponto-de-vista administrativo. A Camila é administradora, tem uma empresa, a SEA (Soluções Empresarias e Ambientais ) e também tem um blog clique aqui para conhecer.

Licenciamentos

Muito se tem comentado, sobre o licenciamento ambiental, porem pouco se sabe sobre o assunto, já que o mesmo quase não é divulgado nas mídias, por isso numa parceria com a minha amiga Mariana, tentaremos expor algumas coisas pertinentes ao assunto.

O licenciamento ambiental configura um relevante instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente. O cuidado que se deve dedicar à questão do licenciamento resulta em benefícios para o empreendedor. Espera-se, com este artigo e outros que virão ampliar o conhecimento sobre o assunto, contribuindo para que uma quantidade maior de empreendedores e sociedade em geral atentem para a necessidade e importância do cumprimento da legislação a respeito.

Como já explicado no post anterior Licenciamento Ambiental, eis a questão, a definição e o que compõe o licenciamento ambiental, irei apenas complementar com os tipos de atividades que são sujeitas ao licenciamento ambiental. Que são elas:

1. Aquicultura.

2. Atividades agropecuárias.

3. Abertura de barras, embocaduras e canais em corpos de água; barragens, diques e canais de drenagem; dragagem e retificação de cursos de água; entrocamentos em corpos de água; transposição de bacias hidrográficas; aterros sobre espelhos d’água.

4. Cemitérios.

5. Comercialização de agrotóxicos.

6. Controle de vetores e pragas urbanas e higienização de reservatórios de água.

7. Cultivo de cana de açúcar pelo método de irrigação por aspersão.

8. Dutos de álcool, gasodutos, oleodutos e minerodutos.

9. Estações de rádio-base do sistema móvel celular.

10. Indústrias de extração mineral.

11. Indústrias de transformação.

12. Instalações para construção e reparo de embarcações (estaleiros)

13. Linhas de transmissão de energia elétrica e redes de distribuição de gás.

14. Oficinas de manutenção de veículos.

15. Pontes, viadutos, elevados e túneis.

16. Portos e aeroportos.

17. Postos de abastecimento de combustíveis e bases de estocagem de combustíveis.

18. Prestação de serviços de natureza industrial em unidades de terceiros.

19. Projetos de parcelamento do solo para fins de assentamento rural.

20. Projetos de silvicultura – plantio de espécies florestais com a finalidade de corte.

21. Edificações, loteamentos e projetos de parcelamento do solo; estruturas de apoio a embarcações de pequeno e médio portes; obras de drenagem urbana e pavimentação de vias, cortes e aterros para nivelamento.

22. Rodovias, ferrovias e metrovias.

23. Sistemas de captação, tratamento e distribuição de água.

24. Sistemas de coleta e tratamento de despejos industriais e esgotos sanitários e emissários submarinos.

25. Terminais de minério, de petróleo e derivados e de produtos químicos; pontos de distribuição de gás. 

26. Transporte de resíduos e de produtos químicos.

27. Unidades de estocagem, tratamento e incineração de resíduos industriais.

28. Unidades de geração de energia elétrica e subestação de energia elétrica.

29. Unidades de reciclagem e aterros de resíduos urbanos.

Outros empreendimentos que, por suas características, sejam considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes de causar degradação ambiental.

Com base nesses dados, fiquei curiosa pra saber quanto custaria, e foi constatado que o valor de um licenciamento depende da empresa, do tempo das adequações, do ramo de atuação, ou seja, atividade empresarial. Sendo assim cada caso é um caso.

Por exemplo, uma micro-empresa de pescado localizada no Rio de Janeiro, terá o seu licenciamento no valor de R$30.000 (trinta mil) reais, já que foram constatadas muitas irregularidades na mesma, entre elas falta de segurança no trabalho, por isso precisará de um ano para regularizar a sua situação, e só depois solicitar o licenciamento.

Espero ter conseguido tirar algumas dúvidas, e ter acrescentado algum conhecimento. Quero agradecer a Mariana pela oportunidade e ao Rodrigo de Siqueira Melo (@rsmeloconsultor), por ter ajudado com alguns esclarecimentos e informações.


Camila Barros (@milaadm) - Formada em Administração de empresas, futura Gestora, Perita e Auditora Ambiental.



terça-feira, 13 de abril de 2010

Sua voz através do Greenpeace

O Greenpeace também iniciou sua campanha virtual contra as alterações do Código Florestal através do manifesto "Aldo Rebelo deixa as florestas em paz". Clicando aqui você faz a sua parte encaminhando um e-mail a Aldo Rebelo manifestando sua posição contrária a alteração do Código.

A carta

Caro deputado Aldo Rebelo,

As florestas, o solo, a água, a biodiversidade e o clima equilibrado são patrimônios e riqueza de todos os brasileiros. Preservados, eles continuarão a funcionar como insumos para a nossa agricultura, agindo em benefício tanto dos produtores rurais como de todos nós que dependemos dos alimentos que eles produzem. As florestas, principalmente a Amazônia, continuarão a gerar as chuvas que irrigam os solos férteis de todo o país, abastecem nossos reservatórios e fornecem a energia que o Brasil precisa para crescer. Continuarão, igualmente, a servir de inspiração para o nosso imaginário coletivo, que construiu personagens mitológicos como o Curupira e o Saci-Pererê a partir, justamente, de nossa tradicional relação com nossas matas.

Tudo isso está em jogo na tentativa de modificar o Código Florestal brasileiro. Há mais de dez anos, representantes da bancada ruralista tentam mudar nossas leis em seu próprio benefício, para diminuir a função social e ambiental das florestas e das propriedades rurais . O senhor, ao que tudo indica, aderiu a esse esforço, o que é uma pena. Ele segue na contramão da construção de uma nação moderna, que respeita a lei, as comunidades que vivem na floresta, e que tem no uso racional do nosso gigantesco patrimônio ambiental a chave de um novo modelo de desenvolvimento que permitirá ao Brasil escapar da sina de pais socialmente injusto, concentrador de renda e exportador de matéria-prima barata que beneficia a poucos - aqui e fora de nossas fronteiras.

Nossas florestas estão em discussão na comissão especial - que analisa 11 propostas de alteração ao Código Florestal e à Lei de Crimes Ambientais – e da qual o senhor é o relator. Respeitarei sua opinião, mas quero debatê-la. Portanto, peço que o senhor não tente empurrar tais alterações goela abaixo dos brasileiros. A questão é relevante demais para ser decidida apenas por meia dúzia de deputados da Comissão Especial na antevéspera da eleição. Deixe que o assunto para a campanha eleitoral e para as ruas, para que ele possa ser debatido por toda a nação.

Como cidadão brasileiro sou a favor a proteção integral das florestas que restam em nosso solo. E não quero anistiar quem desmatou ilegalmente. Por isso, defendo que o Código seja, ao menos nesse momento, deixado em paz. No máximo, torço para que ele vire um assunto primordial nas próximas eleições. Caso contrário, serei forçado a lembrar de quem buliu indevidamente com nossas florestas, sem me consultar, quando eu for votar no próximo dia 3 de outubro .

Sou a favor de petições, sempre, ainda mais encabeçadas por ongs que, normalmente são mais ouvidas e consideradas que a simples massa eleitoral. Ainda assim, acho que devemos enviar nossos e-mails diretamente ao Aldo Rebelo, expressando da nossa maneira  nossa indignação.
 
Clique aqui e envie também a sua mensagem ao deputado, através do contato de e-mail do seu portal.
 
Leia também essa postagem para entender quais são as intenções desses indivíduos.

domingo, 11 de abril de 2010

A tragédia que a chuva traz...

A quem podemos culpar, quando o mundo resolve desabar através de chuvas torrenciais que caem sem parar? Como pode o nosso bem maior, a grande responsável pela nossa sobrevivência nesse planeta, ser a grande vilã que tira vidas e assassina tão cruelmente nossa espécie soberana (claro que a espécie soberana nesse caso é a de menor poder aquisitivo...) Quem tem essas respostas, quem deve ser julgado, quem são os condenados?

Mesmo tendo a convicção de que com o passar dos anos e nossa interferência significativamente insana ao meio ambiente, realmente acarretou mudanças climáticas estrondosas e acarretará ainda muitos maiores prejuízos, mas sinceramente desde que existo nesse planeta e, com certeza, desde que não existo, as chuvas tem a mesma força, matam todos os anos inúmeras pessoas, deslocam famílias, fazem outras tantas ficarem desabrigadas, alagam ruas, transformam cidades em rios...

E nada muda, nunca! Nossos políticos continuam no mesma lenga-lenga, deixando imutáveis leis que garantam a eles que não precisem de fato trabalhar, se empenhar, trazer soluções. Eles colocam suas capinhas de chuva horrendas, nos dias de tragédias, e vão aos morros e favelas mostrar preocupação, quando o sol volta a brilhar enfiam-se em seus ternos carísimos e voltam a desviar as verbas destinada a educação, saúde e habitação.

Na minha forma de olhar para esse mundo torto, percebo que chuvas caem e desmoronam encostas há séculos, causando as mortes de outros animais e derrubando árvores, mas como nós somente nos emocionamos quando os jornais televisivos noticiam catástrofes humanas, não há porque divulgar as tragédias que acometem os bichos, principalmente as causadas pelos próprios seres-humanos...

Falar que a culpa é apenas dos governantes também parece justificativa de quem não tem argumentos, nem embasamento nenhum para opinar. Ainda assim listo aqui algumas das culpas que cabem a essa corja abstrata de Brasília, hoje e durante tantas gerações.

- Eles não são culpados porque as águas descem morro abaixo e derrubam casas que matam famílias inteiras. Mas são culpados porque transformam reservas em lixões e permitem que invasões desenfreadas ocupem encostas e morros, como se fosse difícil perceber a construção de barracos infestando áreas verdes, como se essas construções fossem invisíveis a olho nu e de repente quando abrimos os olhos: comunidades inteiras habitam áreas de risco.


- Eles são culpados porque cimentaram o país de cabo a rabo, asfaltaram tudo que estava em nossa frente como se isso representasse progresso, ignorando o simples fato de que pequenos bueiros normalmente entupidos de lixo ( e essa culpa é do cidadão civilizado) seriam ineficientes para desviar a água da chuva que não mais permearia o solo.


- Eles são culpados por não incentivarem pesquisas, nem ações que envolvam o reaproveitamento da água da chuva, em simples domicílios ou em grandes indústrias. Eles são culpados porque associam evolução a tecnologias que gerem apenas dinheiro e não condições eficientes e lógicas para harmonizar nossa vida urbana as intempéries climáticas.

- Eles são culpados porque não buscam alternativas reais e viáveis, mas ficam cometendo os mesmos erros tolos e primários de sempre, realizando obras milionárias, superfaturadas, desnecessárias e mau feitas como se isso fosse resolver todos os problemas do país.


- Eles são culpados porque estão lá para aumentar seu patrimônio pessoal e por esse motivo contratam empresas e profissionais incompetentes e se aliam a milionários corruptos.

- Eles são culpados porque enquanto o Brasil se afunda de norte a sul, eles estão em suas casas grandiosas, protegidos por paredes que não desabam e com a garantia de muito dinheiro desviado depositado em cofres que você nunca vai saber onde estão.


Mas as encostas que estão a desabar também ruirão por debaixo ou por cima de casas com orçamentos milionários, também construídas irregularmente e desta vez podem não morrer as filhas do Zé Ninguém, mas a família do deputado coisa e tal. E desta vez, talvez, o país inteiro não se solidarize com mais uma tragédia.

Se não revolucionarmos este sistema burro e fajuto vamos continuar a pagar o pato. De quatro em quatro anos, um pato diferente com sua nova conta vai chegar.



E que ninguém culpe as águas da chuva, que talvez um dia, sejam a nossa única chance de sobreviver...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

“Se desmatar resolvesse problemas sociais, não teríamos pobreza"

Chega de compactuar com isso! REVOLUÇÃO JÁ!
Essa frase sensacional, não é de minha autoria, infelizmente, adoraria ter tido essa idéia genial, já que está tão na nossa cara que mesmo o governo pregando que não há como emergir economicamente, através da pecuária e agricultura, sem desmatar e causar danos irreversíveis ao meio ambiente, mas ainda assim vemos resultados tão mínimos e progressos tão lentos, mesmo depois de termos desmatados estados que vão desde a região sul até o Amazonas.

O resultado: “Se desmatar resolvesse problemas sociais, não teríamos pobreza"

A frase pertence a campanha "Mudanças no Código Florestal Brasileiro" da AMDA (Associação Mineira de Defesa do Ambiente).

Clicando aqui você pode enviar uma carta, redigida pela associação, aos deputados Aldo Rebelo, relator da Comissão Especial para o Código Florestal; Jorge Khoury, presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, e Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados.

A carta:
Senhores Deputados,

Para continuar produzindo alimentos, o Brasil não precisa derrubar Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Mata Seca e a Floresta Tropical da Amazônia. Basta utilizar os milhares de hectares de terras já desmatadas, que estão subutilizadas ou abandonadas, a mercê da erosão. O Código Florestal pode ser mudado, desde que seja para garantir proteção integral do que nos restou de ambientes naturais no país, recuperar áreas degradadas ou fundamentais à preservação e proteção da biodiversidade animal e vegetal e dos nossos preciosos cursos d’água.

Enquanto eleitor e cidadão(a) brasileiro(a), esta é minha posição e peço-lhe que a transmita a seus colegas de parlamento.

Cordialmente,

Basta preencher os campos, com seu nome, cidade, data de nascimento, entre outros dados e clicar em enviar. Simples, rápido e fácil.

Assim você pode se manifestar fazendo com que o número de pessoas que está contra, estas arbitrariedades impostas por esse governo repleto de fazendeiros inescrupulosos, aumente.

Meus parabéns a AMDA, que inclusive também já está incluída as minhas sugestões. O site e o trabalho deles devem  ser divulgados. E mais uma vez faço a minha pequena parte, contando com vocês para replicarem essa informação e participarem também dessa campanha.

Indico também esse artigo do Portal EcoDebate que relata o quanto Aldo Rebelo está decidido a destruir nossas florestas em nome desse desenvolvimento acelerado.

E para saber mais sobre o que pretendem os ruralistas do poder, indico essa postagem desse meu humilde blog, que relata as intenções dessa corja.

Para terminar concordo plenamente com os argumentos da asssociação, já desmatamos áreas demais, se o governo quer tanto plantar que reabilite áreas que tanto já devastou em nome do dinheiro. Organização, recuperação e vontade de trabalhar fariam com que o governo colhesse bons frutos.

Aos deputados:

Façam o que são pagos para fazer e não arranjem mais argumentos para destruir o Brasil simplesmente por incompetência, inércia ou uma falsa urgência cega. Vocês tentam disseminar a ignorância, através de um sistema de ensino falido e ineficiente. Ainda assim há brasileiros que pensam e querem ver esse país funcionar, adequadamente, sustentavelmente, de verdade. A destruição da natureza é uma escolha burra e inadequada para quem pretende se reeleger ano que vem.


FRASE DE ALDO REBELO

“Os ambientalistas têm todo tempo do mundo, os produtores rurais não têm. Os produtores têm uma safra todo ano para colher, portanto, eles não podem esperar”

Eles acham graça, nós não! Chega de silêncio!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Era uma vez o estaleiro da OSX...

Estaleiros são locais onde se constroem, guardam e reparam embarcações e outros aparatos náuticos, para todos os fins: transporte, comércio, lazer, pesca extração de petróleo, razões militares, etc. Os estaleiros também produzem plataformas de exploração,extração e bombeio de petróleo ou gás natural.

Os empreendimentos ligados a estaleiros no Brasil estão cada vez mais em evidência e são garantia de lucro certo. Estas iniciativas andam de mãos dadas com a extração de petróleo no pré-sal. Todo mundo quer ganhar a sua parcela com essa extração insana, que é pregada pelo governo como a salvação do país.

O estaleiro de Biguaçu foi anunciado desde o ano passado, prometendo investimentos de mais de R$ 1 bilhão de reais, geração de empregos para cerca de 4 mil pessoas e uma merreca básica para calar a boca dos ambientalistas que serviria para a compensação ambiental.

Eike Batista e a prefeitura de Biguaçu ficaram animados com o projeto que previa, inclusive, a fabricação de plataformas petrolíferas e grande navios. Não seria um projetinho qualquer para fabricar lanchas, mas algo que esteja a altura do maior bilionário do país.

O problema é que tudo já começou errado: a licença ambiental que deveria ser emitida pelo IBAMA (órgão federal) ficou por conta da FATMA (Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina), órgão ambiental catarinense, ou seja uma entidade estadual. E pelo pouco que eu entendo isto está fora da lei.

No dia 15 de março o Sea Shepherd enviou ao presidente da FATMA uma carta onde explanava suas preocupações e questionamentos a respeito do licenciamento para a construção do estaleiro. A posição deles é bastante clara e pode ser elucidada nessa frase do advogado da ong “É absolutamente inaceitável que um empreendimento desta magnitude seja licenciado pelo órgão estadual, sabidamente inapto para avaliar e licenciar este tipo de impacto ambiental. Faz-se necessário um amplo estudo que contemple toda a magnitude de danos, presentes, futuros, reversíveis e irreversíveis, sem referir a rota migratória natural – estabelecida há séculos – por cetáceos como baleias francas e golfinhos, abundantes na região”, comenta Cristiano Pacheco, diretor executivo do Instituto Jutiça Ambiental -IJA e advogado voluntário da Sea Shepherd Brasil.

Para endossar esse coro de vozes que estão a clamar por justiça, dignidade e progresso, sim, mas não as custas da degradação ambiental, o Ministério Público Federal pediu informações a FATMA sobre as providências que o orgão público vai tomar diante do parecer da ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) contra a implantação do estaleiro.

Segundo a ICMbio os danos causados com a instalação e funcionamento do estaleiro são irreversíveis e permanentes e nenhuma medida migratória ou de compensação ambiental pode minimizar os prejuízos ambientais, o que definitivamente inviabiliza o projeto.

Os impactos ambientais afetariam a Estação Ecológica de Carijós, a Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim, além de oferecer perigo a fauna silvestre já ameaçada de extinção. Muitos são os outros danos citados pela ICMbio:

- a erosão costeira provocada pela mudança na altura das ondas, acarretaria a alteração de ecossitemas como estuários e manguezais.

-  ações de dragagem e deposição de sedimentos em obras alterariam a qualidade da água marinha, interfirindo assim nas áreas de maricultura e nas populações de mamíferos aquáticos, podendo afugentá-las ou chegar a causar suas mortes.

- também há risco de contaminação da água, ocasionado por derramamento de óleo, que pode chegar inclusive, as praias.

Por essas e outras o procurador da República  Eduardo Barragan estipulou o prazo de 5 dias (a partir do dia 05/04/2010) para que a FATMA encaminhe as informações requisitadas pelo Ministério.

Para saber mais sobre o estaleiro, os licenciamentos e tudo o que acompanha esse prejeto e outros mais visite o site da Associação Montanha Viva, são eles que estão nessa luta, com dedicação e afinco, buscando justiça e transparência. Apenas isso.

Para visitar a página da FATMA e ter acesso ao RIMA do estaleiro da OSX clique aqui.

Não somos contra o progresso! Somos apenas a favor da natureza. E se um empreendimento não consegue unir resultados financeiros e conservação ambiental eu não acho que deva ser considerado: um progresso!

As imagens são da Estação Ecológica de Carijós, da Área de Proteção Ambiental do Anhatomirim e das espécies que habitam o local.

Leia mais:
O vendedor de ilusões - Correio Braziliense
Entrevista da Associação Montanha Viva no site Portogente
Clique aqui e veja o infograma que ilustra quais os impactos que obra causaria.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...