"Vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque vou para cima, eu denuncio. Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo para uma serraria me dá uma dor. É como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida para mim que vivo na floresta e para vocês também que vivem nos centros urbanos."

Zé Claudio, assassinado em maio de 2011.



terça-feira, 15 de junho de 2010

Testes em animais - Tipos de testes

Nessa segunda parte estão listados os tipos de testes realizados pelas empresas. Todos cruéis e extremamente questionáveis.


Teste Draize de Irritação dos Olhos

É utilizado para medir a ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza e em cosméticos. São observadas as reações causadas na pela e nos olhos de animais. Em testes para a irritação dos olhos, os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes. Durante o período do teste que normalmente dura uma semana, os animais podem sofrer de dor extrema e mutilação e geralmente ocorre a cegueira. Para impedir que os bichos arranhem os olhos, são imobilizados em suportes, de onde somente as suas cabeças se projetam. É comum que seus olhos sejam mantidos abertos permanentemente através de clips de metal que seguram suas pálpebras. O teste normalmente causa danos irreparáveis aos olhos dos animais, deixando-os ulcerados. No final do período eles são mortos para averiguar os efeitos internos das substâncias experimentadas. Os coelhos são os animais mais utilizados nos testes Draize porque são baratos e fáceis de manusear: seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados. No entanto, os olhos de coelho são um modelo pobre para olhos humanos. A espessura, estrutura de tecido e bioquímica das córneas do coelho e do humano são diferentes. Coelhos têm dutos lacrimais mínimos (quase não produzem lágrimas). Resultados de testes são sujeitos a interpretações ambíguas, O que aparenta ser um dano grave para um técnico pode parecer brando para um outro. Lembra do shampoo que não arde no olho do bebê? Pois é.... ardeu, torturou e matou milhares de animais!

Teste Draize de Irritação Dermal

Consiste em imobilizar o animal enquanto substâncias são aplicadas em peles raspadas e feridas (fita adesiva é pressionada firmemente na pele do animal e arrancada violentamente; repete-se esse processo até que surjam camadas de carne viva). Substâncias são então aplicadas diretamente à pele tosada e ferida do animal. Esse teste é amplamente utilizado para cremes hidratantes, perfumes e shampos. Que tal se lembrar disso quando for comprar um dos caros creminhos da L’Oreal?

Teste LD 50

Abreviatura do termo inglês Lethal Dose 50 Perercent (dose letal 50%). É o teste para detectar qual a quantidade de substância que matará a metade do grupo de animais, num tempo pré-determinado, se ingerida ou inalada forçadamente ou, exposta de alguma maneira. Criado em 1920, o teste serve para medir a toxicidade de certos ingredientes. Cada teste LD 50 é conduzido por alguns dias e utiliza 200 ou mais animais. Durante o período de teste, os animais normalmente sofrem de dores angustiantes, convulsões, diarréia, supuração e sangramento nos olhos e boca. No fim do teste, os animais que sobrevivem são sacrificados. Anualmente, cerca de 4 a 5 milhões de animais nos EUA são obrigados a inalar e a ingerir (por tubo inserido na garganta) loções para o corpo, creme dental, amaciantes de roupa e outras substâncias potencialmente tóxicas. Mesmo quando o LD 50 é usado para testar substâncias claramente seguras, é praxe buscar a concentração que levará a metade dos animais à morte. Assim os animais têm de ser expostos a exorbitantes quantidades de substâncias proporcionalmente impossíveis de serem ingeridas acidentalmente por um ser humano. Este teste prova ser ineficaz porque os resultados variam muito dependendo da espécie de animal utilizado. Um prognóstico seguro da dose letal para os humanos é impossível de ser detectado através dos animais. Vamos rever a marca do nosso detergente, sabão em pó, shampoo, creme hidratante e outros? O que temos a perder? E os animais a ganhar com a nossa conduta?

Testes de toxidade alcoólica e por tabaco

Animais são obrigados a inalar fumaça e se embriagar, para que depois sejam dissecados. Você fuma? Aprecia bebida alcoólica? Que tal repensar por você e por eles?

Experimentos na área da psicologia

Estudo comportamental, incluindo privação da proteção materna e privação social na inflição de dor, ou seja, afastar os animais da convivência de outros animais, para a observação do medo; no uso de estímulos aversivos, como choques elétricos para aprendizagem; e na indução dos animais a estados psicológicos estressantes, como afastando-se os filhotes recém nascidos de suas mães, por exemplo. Cursos de psicologia usam animais para capacitar seus alunos. Para quê isso a essa altura da história?

Experimentos armamentistas

Os animais são submetidos a radiação de armas químicas e biológicas, assim como a descargas de armas tradicionais. São expostos, ainda, a gases e são baleados na cabeça, para estudo da velocidade dos progéteis.

Pesquisas dentárias

Os animais são forçados a manter uma dieta nociva com açúcares, e hábitos alimentares nocivos para, ao final, adquirirem cáries e terem gengivas descoladas e a arcada dentária removida.

Teste de colisão

Os animais são lançados contra paredes de concreto. Babuínos, fêmeas grávidas e outros animais são arrebentados e mortos nesta prática horrenda.

Dissecação ou Vivissecção

Animais são dissecados vivos nas universidades e outros centros de estudo. Os cursos de medicina, medicina veterinária, biologia, química, fazem isso corriqueiramente.

Práticas médico-cirúrgicas

Milhões de animais são submetidos a cirurgias nas faculdades de medicina. Muitas delas absolutamente desnecessárias e realizadas por alunos inexperientes que impingem sofrimento atroz às cobaias. Comprovadamente tal prática é desnecessária para a aprendizagem dos futuros médicos e veterinários que podem acompanhar procedimentos realmente necessários sob a intervenção direta de um professor sem qualquer risco ao paciente, seja ele humano ou não.



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