"Vivo da floresta, protejo ela de todo o jeito, por isso vivo com a bala na cabeça a qualquer hora, porque vou para cima, eu denuncio. Quando vejo uma árvore em cima do caminhão indo para uma serraria me dá uma dor. É como o cortejo fúnebre levando o ente mais querido que você tem, porque isso é vida para mim que vivo na floresta e para vocês também que vivem nos centros urbanos."

Zé Claudio, assassinado em maio de 2011.



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Incandescentes X fluorescentes

Mais um projeto de lei, teoricamente verde e sustentável, guiado pelo ativismo do Greenpeace e que me deixa cheia de dúvidas...na verdade certezas, por atestar que infelizmente o ser-humano está bastante distante de duas palavrinhas mágicas: bom senso!

Acredito que seja claro e evidente que lâmpadas incandescentes apesar de serem bem mais baratas, duram muito menos e gastam muito mais energia, enquanto que a fluorescentes, apesar do preço mais salgado, tem maior vida útil e são muito mais econômicas.

Acontece que no meio dessas duas verdades, está a aplicabilidade. Se apagamos e acendemos uma lâmpada fluorescente repetidas vezes, várias vezes ao dia, isso certamente vai diminuir sua vida útil, portanto a transformarará em lixo (tóxico, ainda por cima) rapidamente.

Para áreas externas, cozinha ou mesmo a sala, onde as pessoas ficam por mais tempo as fluorescentes certamente são a melhor opção,  mas para cômodos de passagem, banheiros e quartos, onde as lâmpadas não devem (ou deveriam) ficar acesas por muito tempo, não é muito lógico colocar uma lâmpada fluorescente.

É só observarmos. Quando acendemos uma lâmpada fluorescente, a iluminação é baixa, conforme ela vai esquentando é que a iluminação vai ficando melhor. Portanto, num banheiro, por exemplo, onde entra um acende a luz, sai apaga, entra outro e repete o mesmo processo, o desgaste será muito maior e toda a teórica economia vai para o ralo.

Acho inviável os governos começarem a proibir determinados tipos de materiais e produtos, como se a culpa do aquecimento global, devastação e poluição fossem das coisas. Para não mexer nas feridas profundas e reais, elegem determinados produtos, como os maiores vilões, mas continuam apostando em petróleo, financiando e apoiando grandes multinacionais automobilísticas, destroçando o código florestal, permitindo que os alimentos sejam infestados com venenos, dentre outras liberações duvidosas.

É um paradoxo colossal. As questões mais pertinentes e preocupantes vão sendo, uma a uma, deixadas de lado, enquanto lâmpadas e sacolas plásticas viram inimigas públicas do estado.

Para quem vive com salário minimo, pagar oito pilas numa lâmpada...é um pouco demais, não acham?
A união de ongs com empresas privadas, também não é uma combinação que costuma me agradar.
Sorry, Greenpeace, desta vez foi mal...
enfim...essa é a minha intransferível opinião pessoal...


Essa postagem estava inacabada como rascunho, entre as outras. Já era para ter sido exposta por aqui. Sinceramente não sei o que o Greenpeace conseguiu com a campanha e em que pé tramita o projeto, quem tiver mais informações, sinta-se a vontade para comentar.

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